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13 de fevereiro de 2012

Obesidade, um mal do século XXI?



Os hábitos alimentares e o estilo de vida vêm sendo modificados através dos tempos, fazendo com que aumente consideravelmente o número de obesos e de doenças associadas à obesidade em vários países.
A obesidade, caracterizada por acúmulo excessivo de gordura corporal, causa vários prejuízos à saúde dos indivíduos como: dificuldades respiratórias, problemas dermatológicos (pele), dificuldade de locomoção, dislipidemias (aumento de colesterol e triglicerídeos), doenças cardiovasculares, Diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e portanto, acaba favorecendo o surgimento de doenças potencialmente letais.
A distribuição da gordura no nosso organismo influencia no aumento do risco de doenças associadas. O indivíduo que possui a gordura localizada em excesso na região do abdômen, chamada de obesidade andróide, possui um risco maior do que aquela pessoa que possui uma maior concentração de gordura na região do quadril, chamada de obesidade ginóide.
Não podemos pensar que a obesidade é uma condição fisiológica, mas sim uma doença complexa e multifatorial que está atribuída a um desequilíbrio entre a energia consumida (quantidade e qualidade dos alimentos) e o gasto de energia (influenciado pela atividade física e metabolismo do indivíduo).
Vários estudos estão sendo realizados para entender melhor o mecanismo que envolve o acúmulo de gordura corporal e assim poder estar agregando novos procedimentos aos tratamentos já realizados, pois conseguir reduzir o peso corporal como mantê-lo acaba sendo difícil na maioria dos casos. Alguns avanços já foram obtidos como a descoberta de um hormônio chamado grelina (regula a saciedade), NPY (fome) e da leptina, que tem importante papel no equilíbrio energético.
A utilização contínua de vários medicamentos pode induzir ao aumento de peso como, por exemplo, os antidepressivos, os anticonvulsivantes, os antidiabéticos, os anti-histamínicos (utilizado em manifestações alérgicas), os glicocorticosteróides (utilizado em alergias e asma) e hormônios sexuais (estrogênio, progestagênio, tamoxífeno).
Para que todos esses fatores negativos sejam minimizados é preciso realizar uma modificação do comportamento alimentar que tem como objetivo a redução do excesso de peso, a prevenção do ganho de peso, a melhora ou eliminação dos problemas associados e a redução do risco de complicações no futuro.
Na terapia nutricional utiliza-se estratégias como o incentivo ao consumo de alimentos de baixo índice glicêmico (cereais integrais, leguminosas, frutas, hortaliças), pois retardam a fome e reduzem a necessidade de produção rápida de insulina. Há também o cuidado com a ingestão excessiva de proteínas, gorduras e sal.
Entre as condutas que devem ser realizadas pelas pessoas que têm excesso de peso estão a redução do consumo de preparações muito calóricas, o fracionamento das refeições, a inclusão ou aumento da ingestão de frutas e hortaliças, a modificação da forma de preparo dos alimentos, ou seja, realizar uma reeducação alimentar.
Para que haja uma boa evolução no tratamento da obesidade é preciso colocar em prática a reeducação alimentar e associá-la a um aumento da atividade física e mudança de comportamento.

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