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11 de novembro de 2011

Doença Celíaca



A primeira descrição da doença celíaca ocorreu em 1888, denominada na época de mal celíaco, sendo conhecida também por outras denominações como esteatorréia idiopática, espru ou enteropatia induzida por glúten.
A doença celíaca é um distúrbio de intolerância a uma das proteínas derivadas do glúten, a gliadina, e raramente a outras proteínas também.  O indivíduo portador da doença, conhecido como celíaco, apresenta sintomas que geralmente começam na infância, como diarréia, esteatorréia (aumento de gordura nas fezes), dor abdominal, distensão abdominal (estufamento), vômitos, edema e perda de peso. Mais raramente algumas pessoas não apresentam sintomas, dificultando o diagnóstico, sendo que nesses casos a doença está relacionada à má absorção intestinal de vários nutrientes, podendo provocar anemia, perda de peso, desnutrição e câncer intestinal.
Após a confirmação de exames comprovando o diagnóstico de doença celíaca inicia-se o tratamento, que consiste basicamente na eliminação do glúten da dieta, durante toda a vida. A retirada do glúten da dieta parece ser simples, entretanto essa prática requer mudança importante dos hábitos alimentares dos celíacos, que devem excluir de sua alimentação o trigo, o centeio, a cevada e o malte (subproduto da cevada), assim como seus derivados. Além disso, deve-se excluir também a aveia, uma vez que esse cereal geralmente está contaminado com o trigo, que possui glúten na sua composição.
A alimentação permitida ao celíaco consiste em arroz, grãos (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico), óleo, azeite, vegetais, hortaliças, frutas, tubérculos (batata, mandioca, cará, inhame), ovos, carnes (bovina, suína, peixes e aves), leite e derivados. 
Os alimentos que contêm glúten podem ser substituídos pelas farinhas dos seguintes alimentos: milho (farinha de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata), mandioca (farinha de mandioca, polvilho doce, polvilho azedo, tapioca). Ainda entre as opções de cereais permitidos estão a quinoa e o amaranto.
Com respeito aos produtos industrializados, os pacientes com doença celíaca devem sempre ler os rótulos para certificarem-se de que o produto não contém glúten. Com a inclusão de uma dieta totalmente sem glúten há completa normalização da mucosa intestinal, assim como das manifestações clínicas. 

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